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Carro a hidrogênio ou bateria, qual o futuro dos carros elétricos?

Com os carros elétricos se tornando cada vez mais comuns nas ruas ao redor do mundo, é fato que está em andamento a transição para um futuro de mobilidade sustentável. Considerando este cenário, é possível reconhecer que duas principais tecnologias são páreos para serem utilizadas como combustível para tais veículos: os carros elétricos a bateria (em inglês, Battery Electric Vehicle - BEVs) e os carros movidos a célula de combustível de hidrogênio (em inglês, Fuel Cell Vehicle - FCEVs). 


Caso você esteja se perguntando, sim, cada uma dessas tecnologias tem suas vantagens e desafios. Entender qual delas será a melhor utilizada a questão ainda é complexa e multifacetada. 


Para te ajudar a entender melhor o cenário, separamos algumas vantagens e alguns desafios para cada uma delas. Acompanhe e boa leitura! 


Carros Elétricos a Bateria (BEVs)


É importante iniciar dizendo que os BEVs utilizam baterias de íons de lítio para armazenar energia elétrica, que é usada para alimentar um motor elétrico. 


Como a infraestrutura de recarga para esses veículos está em rápida expansão, inclusive com diversos modelos disponíveis no mercado, essa tecnologia está bem estabelecida.


No entanto, existem as vantagens e os desafios. Entre eles: 


Vantagens dos BEVs


Eficiência Energética: os BEVs são extremamente eficientes na conversão de energia elétrica em movimento, e possuem uma eficiência que pode ultrapassar 90%. 


O número é muito superior aos motores de combustão interna tradicionais.


Infraestrutura em Crescimento: como citamos anteriormente, a infraestrutura de carregamento para BEVs está se expandindo rapidamente, não é por acaso que as estações de recarga estão aparecendo em residências, locais de trabalho e rodovias.


Custo de Operação: em comparação com veículos movidos a gasolina ou diesel, o custo por quilômetro percorrido é, em geral, menor para BEVs. 


Isso se deve ao menor custo da eletricidade em comparação com os combustíveis fósseis.


Desafios dos BEV


Autonomia e Tempo de Recarga: apesar de os BEVs terem cada vez mais autonomia, a mesma ainda é limitada e o tempo de recarga pode ser significativo em comparação ao tempo de abastecimento de um veículo à combustão.


Recursos Naturais: a produção de baterias de íons de lítio depende de minerais como lítio, cobalto e níquel, cuja extração e processamento podem ter impactos ambientais e sociais.


Carros a Hidrogênio (FCEVs)


Os FCEVs, por sua vez, utilizam hidrogênio armazenado em tanques para gerar eletricidade através de uma célula de combustível, que alimenta um motor elétrico. Esta tecnologia promete uma série de benefícios únicos.


As empresas de transporte e logística, principalmente de países europeus, estão em fases de testes para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e seguem debatendo a quantidade do uso, como monitorar e quais seriam as melhores fontes de recarga.   


Selecionamos, também, algumas vantagens e alguns desafios relacionados aos carros a hidrogênio. 


Vantagens dos FCEVs


Tempo de Reabastecimento: nesse quesito, os FCEVs são semelhantes aos carros a gasolina. Eles podem ser reabastecidos em poucos minutos, o que é uma grande vantagem sobre o tempo de recarga dos BEVs.


Autonomia: em geral, os FCEVs oferecem uma autonomia maior em comparação a muitos BEVs, o que é atraente para viagens longas e uso comercial.


Emissões Zero: já nesse quesito, os FCEVs assemelham-se aos BEVs, pois emitem apenas vapor de água como subproduto, o que os torna muito atraentes do ponto de vista ambiental.


Desafios dos FCEVs


Infraestrutura de Abastecimento: diferente das estações de recarga para BEVs, que está em desenvolvimento acelerado, a infraestrutura para o abastecimento de hidrogênio ainda é limitada e cara para desenvolver, fato que restringe a adoção dos FCEVs em larga escala .


Produção de Hidrogênio: atualmente, a maior parte do hidrogênio é produzida a partir de gás natural, o que gera emissões de carbono. Outra alternativa seria produzi-lo de forma limpa através da eletrólise da água usando fontes renováveis, o que ainda requer altos investimentos.


Por qual estrada seguir

É possível que, em um futuro próximo, ainda não tenhamos um caminho só definido. Na realidade, as duas tecnologias podem coexistir e atender a diferentes necessidades do mercado. 


Enquanto os BEVs dominam o mercado de veículos de passageiros urbanos, por exemplo, cenário em que a infraestrutura de carregamento está mais desenvolvida e as preocupações com a autonomia são menores; os FCEVs podem encontrar seu segmento em veículos de longo alcance e uso comercial, como caminhões e ônibus. Nestes casos, o reabastecimento rápido e a maior autonomia são essenciais. 


Não há dúvidas, no entanto, de que a inovação contínua em ambas as áreas levará a avanços significativos que superem os atuais desafios. 


No caso dos BEVs, melhorias nas tecnologias de bateria, como baterias de estado sólido, podem aumentar a densidade de energia e reduzir os tempos de recarga. 


>> Saiba mais sobre as baterias dos VEs nesta matéria: 


Para os FCEVs, a expansão da produção de hidrogênio verde e o desenvolvimento de infraestrutura de abastecimento serão fundamentais.


Seja como for, o futuro dos carros elétricos é promissor. Enquanto os BEVs e FCEVs desempenham papéis importantes na transição para uma mobilidade mais sustentável, a escolha entre hidrogênio e bateria dependerá de vários fatores, incluindo avanços tecnológicos, políticas governamentais, desenvolvimento de infraestrutura e preferências do consumidor. 


Em última análise, um futuro em que ambas as tecnologias coexistam pode oferecer o melhor dos dois mundos, impulsionando a sociedade em direção a um sistema de transporte mais limpo e eficiente.


Para mais artigos e novidades sobre mobilidade sustentável, continue acompanhando o blog da movE


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